quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Quando ele se vai...
Ainda bem que tem sempre outra coisa. Outro sonho. Outro motivo. Outra pessoa. Outra inspiração.
Com as pernas ainda bambas, não conseguia tirar o sorriso do rosto. Depois de fechar o portão, ela geralmente caia em sua cama e só acordava três horas depois, na manha seguinte, sempre com sono, mas com um sorriso de que valeu a pena. Porém, naquela noite foi diferente... Algo ardia dentro dela, quente, forte, intenso e depois calmo, suave, dava certa paz. Como podia ser tão bom? Perguntava-se.
Era tão inspirador quanto qualquer um podia ser, sim, podia ser qualquer outro, qualquer porque, mas era ele e estava tão ali, tão presente, tão quente, não podia negar que era encantador, a cativou faz tempo, desde aqueles tempos.
Como pode tudo mudar? Quando aconteceu? Em algum momento passou a ser irresistível, hoje ela adora o observar, perceber cada detalhe, casa sorriso, cada respiração.
Não, ela não deixaria mais ir embora, era verdade, já era fundamental, inevitável, até porque, agora que começou ela não sabe mais como termina. Ainda esperava ouvir algumas palavras, mas não agora, estava bom assim.
Por hoje, basta lembrar de segundos atrás, daquele beijo e do olhar, que dizia tudo, mesmo sem querer dizer nada.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O livro
Parecia tão sem propósito telo em suas mãos agora, sentir seu cheiro, seu textura, seu peso...
Capa dura, solida, cores claras, deixa explicito que era possível “pescar” respostas.
Durante esse tempo todo, o “livro das perguntas” em sua cabeceira foi o que a manteve tão próxima dele, foi o que fez tudo parecer tão palpável.
Uma sensação estranha e boa, a de pensar que entravam na cabeça dela as mesmas palavras que entravam na dele, as mesmas perguntas, os mesmos sentimentos.
Lembrava daquela noite em que ele lera trechos do livro para ela, tantos sorrisos, tantos suspiros. Na manhã seguinte ela precisava daquele livro como o ar que respirava.
Era tão vazio pensar nisso agora, respostas diferentes para as mesmas perguntas. Agora tanto faz.
Era como acordar de um sonho bom. Ainda bem que sempre existem novos sonhos.
“Não é melhor nunca que tarde?” – Livro das Perguntas
Capa dura, solida, cores claras, deixa explicito que era possível “pescar” respostas.
Durante esse tempo todo, o “livro das perguntas” em sua cabeceira foi o que a manteve tão próxima dele, foi o que fez tudo parecer tão palpável.
Uma sensação estranha e boa, a de pensar que entravam na cabeça dela as mesmas palavras que entravam na dele, as mesmas perguntas, os mesmos sentimentos.
Lembrava daquela noite em que ele lera trechos do livro para ela, tantos sorrisos, tantos suspiros. Na manhã seguinte ela precisava daquele livro como o ar que respirava.
Era tão vazio pensar nisso agora, respostas diferentes para as mesmas perguntas. Agora tanto faz.
Era como acordar de um sonho bom. Ainda bem que sempre existem novos sonhos.
“Não é melhor nunca que tarde?” – Livro das Perguntas
domingo, 14 de novembro de 2010
Ilusão?
Cento e seis, ela acabara de contar. Cento e seis dias desde quando o conhecera.
Cento e seis dias? Agora ela estava ali parada, sem respirar, chocada com a constatação. Assistia de fora seu castelo desmoronando, mas uma vez, via seus sonhos indo embora em uma velocidade absurda.
Era final de um sábado frio em São Paulo, devia ser primavera, mas o inverno insistia em permanecer. Um daqueles dias com céu cinza, melancólicos, quando todo mundo sente saudade sabe-se lá do que. Ela sabia o que lhe fazia falta, sabia muito bem o motivo de tanta ausência.
Algo parecia fora do lugar, tudo se resumia a uma estranha sensação de estar sem chão. Uma tristeza a invadira nos últimos dias. Aquele riso, aquela sensação de borboletas no estomago, aquela espera doida só que ainda assim cheia de alegria e esperança, deram lugar ao choro baixinho, ao gosto de sal. Já havia conversado tanto, reuniu tantas opiniões, buscou respostas, encontrou novas perguntas, andou em círculos. Chegou a conclusões que não queria.
Não havia a menor possibilidade de se acostumar com a dureza dos fatos, com a certeza de que por mais grandiosa que fosse sua dor o mundo não pararia. O mundo seguiria seu curso, amanhã iria amanhecer da mesma maneira, o sol ia chegar, os pássaros iam cantar, amantes continuariam se encontrando, amigos continuariam sorrindo, crianças brincando, o arco Iris teria as mesmas cores... Tudo estaria no mesmo lugar.
Só ela continuaria sem o seu pedaço mais feliz, sem o seu sorriso mais bonito.
Ilusão. Doce ilusão de uma vida que segue o seu curso.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Deixa...
Sem saber a esperança continuava viva dentro dela, mas precisava perguntar, tinha que organizar as coisas, mas sinceramente ela não queria ouvir a resposta. É mulher, sempre sabe quando algo não vai dar certo. Adora se enganar, gosta de insistir em um caso que parece perdido, é otimista demais. É isso mesmo, quando todos desistem porque a fila não está andando, ela continua ali, sempre acreditando que uma hora vai andar, uma hora vai dar certo... Ela acredita tanto e isso me cansa, estou cansada de dizer para ela abrir os olhos, ela precisa enxergar os fatos, mas ela me escuta? Ela não escuta ninguém...
Aquela voz ao telefone, como ela se sentia feliz, adorava imaginar ele sorrindo, ele falando, quase podia sentir o seu perfume, claro, ela perdia tanto tempo pensando nisso.
Tristeza na voz, não tinha como disfarçar, não conseguiu conter as lagrimas. A resposta. Ela se sentia totalmente impotente diante da situação, não tinha com sanar a sua dor. Como pode se entregar assim? Eu me questiono, mas para ela, é normal, é bonito, é poesia.
Chorou. Chorou. Chorou. Esqueceu das horas, esqueceu dos compromissos, esqueceu que tinha uma vida inteira esperando lá fora. Só queria sentir logo aquela dor, sentir até o fim, sentir até não agüentar mais, para assim acabar de uma vez. Ela insistia em tentar encontrar uma solução. Ocorriam-lhe as idéias mais absurdas, as mais lindas loucuras.
Desde o inicio eu disse para ela desistir, eu disse para ela não acreditar, não se entregar, pra lutar contra, não seria mesmo difícil lutar contra algo que nunca existiu em sua vida. Ela nunca me escuta. Desisti de falar. Ela acha que não pode existir nada mais verdadeiro dentro dela, acredita que é real, acredita que agora ninguém mais ira lhe fazer feliz. Deixa, deixa ela seguir em frente, ela diz ser forte, acha que agüentar a dor, então deixa...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Um sonho a mais não faz mal...
Tinha algo bom dentro dela, estava sinceramente feliz. Sentia-se uma garota de sorte. Acabara de completar sua 22º primavera e os dias que se passaram emanavam um cheiro bom, de flor, de campo.
Um ciclo se fechando, um caminho inteiro pela frente.
Tudo estava bem, ela tinha por perto pessoas que a queriam tão bem, nunca tinha se sentido tão amada, nunca tinha amado tanto, um amor delicado, dedicado a amizades sinceras.
Não se sentia no direito de fazer nenhum tipo de reclamação, mas... Aquele maldito buraco, aquela falta, aquela vontade constante de estar em outro lugar não a deixava em paz.
Ela estava ali, entre amigos, com sua família, sorrisos e cervejas e uma música fez com que seus olhos se enchessem de lagrimas. Por que ele não estava ali? Até quando ela conseguiria suportar? Estava valendo à pena? Por mais quanto tempo ela conseguiria se prender aquilo? Estava escorregando...
Mas ela não tinha saída, desistir a faria infeliz. Ela não é do tipo que desiste, do tipo que abre mão de algo só porque é mais difícil do que deveria, nunca foi assim. Ela gosta do gosto do sal.
Não, desistir agora definitivamente não era uma opção. Afinal, um sonho a mais não faz mal.
Queria correr, correr em direção daquilo e aquilo não era qualquer coisa, não era só uma aventura, era o que ela acreditava que a podia fazer feliz, tinha medo porque sabia que era corajosa demais.
Um ciclo se fechando, um caminho inteiro pela frente.
Tudo estava bem, ela tinha por perto pessoas que a queriam tão bem, nunca tinha se sentido tão amada, nunca tinha amado tanto, um amor delicado, dedicado a amizades sinceras.
Não se sentia no direito de fazer nenhum tipo de reclamação, mas... Aquele maldito buraco, aquela falta, aquela vontade constante de estar em outro lugar não a deixava em paz.
Ela estava ali, entre amigos, com sua família, sorrisos e cervejas e uma música fez com que seus olhos se enchessem de lagrimas. Por que ele não estava ali? Até quando ela conseguiria suportar? Estava valendo à pena? Por mais quanto tempo ela conseguiria se prender aquilo? Estava escorregando...
Mas ela não tinha saída, desistir a faria infeliz. Ela não é do tipo que desiste, do tipo que abre mão de algo só porque é mais difícil do que deveria, nunca foi assim. Ela gosta do gosto do sal.
Não, desistir agora definitivamente não era uma opção. Afinal, um sonho a mais não faz mal.
Queria correr, correr em direção daquilo e aquilo não era qualquer coisa, não era só uma aventura, era o que ela acreditava que a podia fazer feliz, tinha medo porque sabia que era corajosa demais.
sábado, 23 de outubro de 2010
Parada cardíaca
Sentada no sofá meu corpo dava sinais de que não ia bem, sentia uma dor forte, intensa, algumas vezes faltava o ar, difícil respirar.
Sentia como se a cada segundo recebesse um novo soco no estomago, parecia que o sangue jorrava pela minha boca, aquele gosto de ferrugem, sangue.
O coração batia forte, descompassado, em um ritmo acelerado, sem parar, quase explodia.
Doía, mas doía tanto. Era falta, não agüentava mais sentir a sua falta. Cada vez que olhava para o lado e não te via ali, doía. Cada vez que chegava em casa depois de um longo dia de trabalho e não te tinha ali para me ouvir falar. Doía não poder compartilhar os meus sonhos, planos.
Doía tanto quando alguém duvidava de nos dois, quando questionavam a veracidade de nossos sentimentos, quando me faziam enxergar a realidade, quando abriam os meus olhos para o monte de falhas que existiam na nossa historia.
Filmes sem final feliz nunca me agradaram, mas sem você por perto doía mais, não podia acreditar que não teríamos um final feliz, eu achava que toda historia de amor tinha que terminar bem, eu precisava do “felizes para sempre”.
Por um tempo eu cheguei acreditar que o que doía era a distancia, mas não, nem era isso, o que fazia doer tanto era a falta de disposição, era não sentir a sua alma presente.
Doía não saber quantos cigarros você fumava por dia, o que comia, o que pensava, o que sentia. Doía tanto não saber qual era o seu cheiro, o seu gosto, não conhecer a temperatura da sua pele, não saber como era o toque, como andava, como respirava, com quem falava, para quem sorria.
A dor era forte, sabia que não duraria muito. Um dia, o meu coração parou, parada cardíaca. Foi tão rápido, não deu tempo de tentar.
Sentia como se a cada segundo recebesse um novo soco no estomago, parecia que o sangue jorrava pela minha boca, aquele gosto de ferrugem, sangue.
O coração batia forte, descompassado, em um ritmo acelerado, sem parar, quase explodia.
Doía, mas doía tanto. Era falta, não agüentava mais sentir a sua falta. Cada vez que olhava para o lado e não te via ali, doía. Cada vez que chegava em casa depois de um longo dia de trabalho e não te tinha ali para me ouvir falar. Doía não poder compartilhar os meus sonhos, planos.
Doía tanto quando alguém duvidava de nos dois, quando questionavam a veracidade de nossos sentimentos, quando me faziam enxergar a realidade, quando abriam os meus olhos para o monte de falhas que existiam na nossa historia.
Filmes sem final feliz nunca me agradaram, mas sem você por perto doía mais, não podia acreditar que não teríamos um final feliz, eu achava que toda historia de amor tinha que terminar bem, eu precisava do “felizes para sempre”.
Por um tempo eu cheguei acreditar que o que doía era a distancia, mas não, nem era isso, o que fazia doer tanto era a falta de disposição, era não sentir a sua alma presente.
Doía não saber quantos cigarros você fumava por dia, o que comia, o que pensava, o que sentia. Doía tanto não saber qual era o seu cheiro, o seu gosto, não conhecer a temperatura da sua pele, não saber como era o toque, como andava, como respirava, com quem falava, para quem sorria.
A dor era forte, sabia que não duraria muito. Um dia, o meu coração parou, parada cardíaca. Foi tão rápido, não deu tempo de tentar.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
O que ninguém percebe...
“O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe. Não entendo o terrorismo, falávamos de amizade”
E no meio daquele mar de gente, naquele lugar onde ela podia pensar em qualquer coisa, menos nele, ela podia ter dentro de si qualquer sentimento, menos o de ausência, só não queria sentir falta, não a dele.
Ela até tentou mais não deu, pensou, sentiu, lembrou... Lembrou muito daquele dia em que se conheceram... Era sexta-feira, fim de Julho, noite fria, sem grandes expectativas, ia só acompanhar a amiga, conhecer um lugar novo, o tal do bar que ficava dentro de uma casa, era isso, tinha tudo para ser uma noite comum, como qualquer outra.
Por alguma ironia ou pode ter sido mesmo puro acaso, não sei se isso ainda importa, mas eles se conheceram, se olharam, não se gostaram, aquela coisa comum, de não ir muito com a cara de alguém, acontece sempre, mas se conheceram, em meio a tantas verdades e mentiras, em meio a tantos sorrisos e bobagens, encontros e desencontros, luzes apagadas, blues tocando, cervejas, muitas cervejas, eles se conheceram.
Foi depois de um gole a mais, aquele que poderia por bem ter sido dispensado, aconteceu, tão rápido, tão sem porque, tão impensado, tão surpreendente e tão bom.
Por que ela estava pensando nisso? Aliás, ela vinha pensando nisso com certa freqüência nos últimos dias, afinal, como não pensar no dia em que sua vida virou de cabeça para baixo, depois daquilo tanta coisa aconteceu, tanto sentimento novo nasceu, entrou tanta gente nova em seu coração.
No meio de tudo isso, sem duvida ele era a coisa mais especial que lhe tinha acontecido e só por isso ela pensava tanto, claro, ele estava tão presente, tornou-se peça fundamental dos seus dias. Com ele, ela voltou a dividir sentimentos, dúvidas, incertezas, segredos, bobagens, sorriso e nos últimos dias até algumas lagrima, essas pela primeira vez provocadas por ele mesmo.
Ele passou a ser o seu sorriso mais bonito, o abraço mais apertado, o beijo mais bem dado, o carinho na hora certa. Ele estava sempre ali, tão presente, passou a ser sua fraqueza, a melhor fraqueza que ela poderia ter. Ele estava ali e era só o que importava, ela queria que fosse para sempre assim, com ele ali, lembrando todos os dias como é bom ter um amigo para chamar de seu.
E no meio daquele mar de gente, naquele lugar onde ela podia pensar em qualquer coisa, menos nele, ela podia ter dentro de si qualquer sentimento, menos o de ausência, só não queria sentir falta, não a dele.
Ela até tentou mais não deu, pensou, sentiu, lembrou... Lembrou muito daquele dia em que se conheceram... Era sexta-feira, fim de Julho, noite fria, sem grandes expectativas, ia só acompanhar a amiga, conhecer um lugar novo, o tal do bar que ficava dentro de uma casa, era isso, tinha tudo para ser uma noite comum, como qualquer outra.
Por alguma ironia ou pode ter sido mesmo puro acaso, não sei se isso ainda importa, mas eles se conheceram, se olharam, não se gostaram, aquela coisa comum, de não ir muito com a cara de alguém, acontece sempre, mas se conheceram, em meio a tantas verdades e mentiras, em meio a tantos sorrisos e bobagens, encontros e desencontros, luzes apagadas, blues tocando, cervejas, muitas cervejas, eles se conheceram.
Foi depois de um gole a mais, aquele que poderia por bem ter sido dispensado, aconteceu, tão rápido, tão sem porque, tão impensado, tão surpreendente e tão bom.
Por que ela estava pensando nisso? Aliás, ela vinha pensando nisso com certa freqüência nos últimos dias, afinal, como não pensar no dia em que sua vida virou de cabeça para baixo, depois daquilo tanta coisa aconteceu, tanto sentimento novo nasceu, entrou tanta gente nova em seu coração.
No meio de tudo isso, sem duvida ele era a coisa mais especial que lhe tinha acontecido e só por isso ela pensava tanto, claro, ele estava tão presente, tornou-se peça fundamental dos seus dias. Com ele, ela voltou a dividir sentimentos, dúvidas, incertezas, segredos, bobagens, sorriso e nos últimos dias até algumas lagrima, essas pela primeira vez provocadas por ele mesmo.
Ele passou a ser o seu sorriso mais bonito, o abraço mais apertado, o beijo mais bem dado, o carinho na hora certa. Ele estava sempre ali, tão presente, passou a ser sua fraqueza, a melhor fraqueza que ela poderia ter. Ele estava ali e era só o que importava, ela queria que fosse para sempre assim, com ele ali, lembrando todos os dias como é bom ter um amigo para chamar de seu.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Ir...
Aquele que conheço a tanto tempo, que já dividi tantos planos. Aquele com quem eu dividi os meus sonhos, construí os meus castelos. Estava indo embora.
Eu podia vê-lo já distante, embaçado, desbotado como uma fotografia antiga. Tão Linda!
Não era triste. Era bonito. Era bonito vê-lo ir em direção ao meu passado.
Já se foi... Nem me lembro mais, no máximo tenho pequenas lembranças do que fomos, lembro vagamente daquele caminho que me trouxe a onde estou agora.
Não nos perdemos, eu sabia que ele viraria a próxima esquina, preferi vê-lo ir, sabia que não estávamos mais no mesmo ritmo, enquanto um caminhava o outro corria. Não, não tínhamos que ir para lugares diferentes, ainda não temos, só não conseguimos mais acompanhar os passos um do outro. Ainda vamos nos encontrar em algum cruzamento... E lembraremos, saudosos, daquele tempo que passou, vamos reviver os melhores momentos, compartilharemos o presente e saberemos que nunca mais estaremos juntos naquele lugar tão desconhecido, chamado futuro.
Aquele que eu tanto amei. No passado. Sofremos. Amamos. Choramos e sorrimos no passado. Isso de nada serve para o presente.
Vê-lo ir não era triste. Não causava dor.
Eu podia vê-lo já distante, embaçado, desbotado como uma fotografia antiga. Tão Linda!
Não era triste. Era bonito. Era bonito vê-lo ir em direção ao meu passado.
Já se foi... Nem me lembro mais, no máximo tenho pequenas lembranças do que fomos, lembro vagamente daquele caminho que me trouxe a onde estou agora.
Não nos perdemos, eu sabia que ele viraria a próxima esquina, preferi vê-lo ir, sabia que não estávamos mais no mesmo ritmo, enquanto um caminhava o outro corria. Não, não tínhamos que ir para lugares diferentes, ainda não temos, só não conseguimos mais acompanhar os passos um do outro. Ainda vamos nos encontrar em algum cruzamento... E lembraremos, saudosos, daquele tempo que passou, vamos reviver os melhores momentos, compartilharemos o presente e saberemos que nunca mais estaremos juntos naquele lugar tão desconhecido, chamado futuro.
Aquele que eu tanto amei. No passado. Sofremos. Amamos. Choramos e sorrimos no passado. Isso de nada serve para o presente.
Vê-lo ir não era triste. Não causava dor.
sábado, 18 de setembro de 2010
A menina de xadrez, all star e guarda-chuva na mão. Caminhava pela avenida. O vento balançava os seus cabelos. Pontas claras. A garoa molhava o seu rosto, borrando a maquiagem que acabara de fazer. Setembro. Um dia que sempre seria importante. Faltavam três dias para a chegada da primavera. O dia que seria o mais frio do ano. Solitude. Tinha que aproveitar como se ele estivesse ali. Impossível. Desistiu.
Algo inusitado resolveu ir ao cinema sozinha, nunca havia feito isso antes. Precisava se acostumar estava ali sozinha e assim ia permanecer. Fato. Precisava se libertar. Precisava se acostumar a não ter sempre alguém ao sei lado. Nos próximos segundos seria assim. Tinha alguém dentro de si, mas não ao seu lado.
Descoberta. Apareceu mais dentro de si do que a própria imaginava. Existia uma força ao seu redor, algo que a movimentava, uma força vinda de cima. Descobriu que não estava sozinha, nunca estaria.
Tinha tantas perguntas. Era curiosa. As respostas viriam no momento certo, sempre vem. Fé. É necessário aceitar o seu drama ou a sua comedia. Assim seria. Não estava triste. Não estava sozinha. A menina estava com ela mesma. Estava entendendo como era por dentro para depois se mostrar. A vida é de quem se mostra. De quem se arrisca. De quem caminha. De quem vai de encontro ao destino. De quem não tem medo de se jogar, de acreditar, sonhar. De quem não tem medo do tombo, não tem medo de altura. A vida é de quem tem coragem e sabedoria para aceitar.
A menina de xadrez, all star e guarda chuva na mão, continuava caminhando e nada a faria parar.
Algo inusitado resolveu ir ao cinema sozinha, nunca havia feito isso antes. Precisava se acostumar estava ali sozinha e assim ia permanecer. Fato. Precisava se libertar. Precisava se acostumar a não ter sempre alguém ao sei lado. Nos próximos segundos seria assim. Tinha alguém dentro de si, mas não ao seu lado.
Descoberta. Apareceu mais dentro de si do que a própria imaginava. Existia uma força ao seu redor, algo que a movimentava, uma força vinda de cima. Descobriu que não estava sozinha, nunca estaria.
Tinha tantas perguntas. Era curiosa. As respostas viriam no momento certo, sempre vem. Fé. É necessário aceitar o seu drama ou a sua comedia. Assim seria. Não estava triste. Não estava sozinha. A menina estava com ela mesma. Estava entendendo como era por dentro para depois se mostrar. A vida é de quem se mostra. De quem se arrisca. De quem caminha. De quem vai de encontro ao destino. De quem não tem medo de se jogar, de acreditar, sonhar. De quem não tem medo do tombo, não tem medo de altura. A vida é de quem tem coragem e sabedoria para aceitar.
A menina de xadrez, all star e guarda chuva na mão, continuava caminhando e nada a faria parar.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Devaneios noturnos
Se não fosse assim não teria graça, não tiraria o fôlego, não existiriam noites mal dormidas, eu amo o exagero que me prende a você. Amo o modo como eu vejo intensidade onde talvez isso nem exista.
É isso o que me faz bem... Essa distancia absurda, que faz com que eu precise de você como o ar que eu respiro.
Adoro o drama que faço para descrever a falta que você me faz. O modo como as pessoas não acreditam que possa dar certo, o olhar que todos me dirigem, deixando claro que me vêem como uma louca,seguram uma risada quase de pena.
Não importa... Adoro essa ausência, essas complicações, que fazem com que eu me sinta dentro de uma comedia romântica.
O roteiro daquele filme “amor a distancia”, eu poderia ter escrito sem grandes dificuldades.
Só falta o toque para eu começar a escrever a nossa historia. Aquela que vai ser a mais linda historia que você já leu. Teremos uma vida bem “comercial de margarina” e acabaremos velinhos, em nossa casa com piscina, netos e cachorros, muitos cachorros ao redor, labradores e golden retriever. É, isso mesmo, teremos uma historia linda, tão linda, com final feliz e muito mais divertida do que isso, é claro.
Se não fosse assim, exatamente do jeito que é, seria só mais um, seria só mais uma historia que não teve tempo de ser escrita. Seria fácil demais, esperado demais e não habitaria em meu coração esse misto estranho de sentimentos.
Se não fosse tão impossível, tão surreal, não seria tão bonito, não seria tão verdadeiro.
É isso o que me faz bem... Essa distancia absurda, que faz com que eu precise de você como o ar que eu respiro.
Adoro o drama que faço para descrever a falta que você me faz. O modo como as pessoas não acreditam que possa dar certo, o olhar que todos me dirigem, deixando claro que me vêem como uma louca,seguram uma risada quase de pena.
Não importa... Adoro essa ausência, essas complicações, que fazem com que eu me sinta dentro de uma comedia romântica.
O roteiro daquele filme “amor a distancia”, eu poderia ter escrito sem grandes dificuldades.
Só falta o toque para eu começar a escrever a nossa historia. Aquela que vai ser a mais linda historia que você já leu. Teremos uma vida bem “comercial de margarina” e acabaremos velinhos, em nossa casa com piscina, netos e cachorros, muitos cachorros ao redor, labradores e golden retriever. É, isso mesmo, teremos uma historia linda, tão linda, com final feliz e muito mais divertida do que isso, é claro.
Se não fosse assim, exatamente do jeito que é, seria só mais um, seria só mais uma historia que não teve tempo de ser escrita. Seria fácil demais, esperado demais e não habitaria em meu coração esse misto estranho de sentimentos.
Se não fosse tão impossível, tão surreal, não seria tão bonito, não seria tão verdadeiro.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Fratura Exposta
Ela lhe pediu para que fosse feita uma promessa. Ele preferiu um juramento. Jurou que a deixaria ser feliz ao lado dele. Naquele momento, ele até se mostrou indignado com o pedido, como se fosse obvio que seriam felizes juntos, como se não houvesse no mundo algo que tirasse deles a certeza da felicidade. A certeza de que dois se tornariam um.
Viveram dias de saudade intensa, lindas surpresas, expectativas, se conheceram, se apaixonaram (pelo menos era o que parecia).
Da noite para o dia alguma coisa mudou... Ela começou a questionar o poder das palavras. Será que só para ela as palavras tinham tanta importância, tanto poder? Será que só ela achava que se um singelo e significativo 'juro e prometo' foi dito, ele deve ser cumprido? Tudo bem, nada foi dito, não ouvi-se voz alguma, mas precisava?
A palavra escrita difere da falada? Uma tem mais credibilidade do que a outra?
Não, não era assim, ele gostava de escrever tanto quando ela, não daria um descrédito desse as palavras. Não acreditava nisso.
Parecia-lhe inevitável reler emails e conversas, não conseguia se desprender de todas aquelas letras. Uma das verdades é que ela adorava cutucar a fratura exposta, não queria se desprender, não queria apagar, o mártir a fazia bem de alguma forma, a fazia sentir-se forte, a fazia sentir-se viva, tinha quase orgulho de mostrar aos outros a sua ferida e como ela conseguia suportar bem aquilo tudo.
Ela sabia que enquanto a angustia estivesse presente ele também estaria. Era como se ela precisasse daquilo como o ar que se respira, precisava o manter vivo dentro dela. Bastava saber que ele existia que não era só um sonho, ele existir em algum lugar já era o suficiente. Ela precisava cutucar a ferida, tinha que manter a fratura exposta.
(Inspirada nos textos do site http://donttouchmymoleskine.com)
Viveram dias de saudade intensa, lindas surpresas, expectativas, se conheceram, se apaixonaram (pelo menos era o que parecia).
Da noite para o dia alguma coisa mudou... Ela começou a questionar o poder das palavras. Será que só para ela as palavras tinham tanta importância, tanto poder? Será que só ela achava que se um singelo e significativo 'juro e prometo' foi dito, ele deve ser cumprido? Tudo bem, nada foi dito, não ouvi-se voz alguma, mas precisava?
A palavra escrita difere da falada? Uma tem mais credibilidade do que a outra?
Não, não era assim, ele gostava de escrever tanto quando ela, não daria um descrédito desse as palavras. Não acreditava nisso.
Parecia-lhe inevitável reler emails e conversas, não conseguia se desprender de todas aquelas letras. Uma das verdades é que ela adorava cutucar a fratura exposta, não queria se desprender, não queria apagar, o mártir a fazia bem de alguma forma, a fazia sentir-se forte, a fazia sentir-se viva, tinha quase orgulho de mostrar aos outros a sua ferida e como ela conseguia suportar bem aquilo tudo.
Ela sabia que enquanto a angustia estivesse presente ele também estaria. Era como se ela precisasse daquilo como o ar que se respira, precisava o manter vivo dentro dela. Bastava saber que ele existia que não era só um sonho, ele existir em algum lugar já era o suficiente. Ela precisava cutucar a ferida, tinha que manter a fratura exposta.
(Inspirada nos textos do site http://donttouchmymoleskine.com)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Incerteza
Não sabia o que fazer com aquele aperto no peito, já tinha até tirado o sutiã para ver se era isso que a incomodava, mais não, continuava sentindo falta de ar.
Nem chegava a doer, mais irritava, era isso, irritava sentir algo que não sabia da onde vinha, nem quando ia passar.
Fazia nascer uma angustia dentro de si que nem mesmo a fé na vida ou a felicidade escondida no fundo de seus olhos eram capazes de fazê-la esquecer aquele aperto.
Tudo bem tinha que admitir, no fundo, sabia que isso era culpa da sua mais nova amiga, a incerteza, essa, coitada, era tão sozinha, um dia a encontrou cabisbaixa, andando pela rua em uma tarde de inverno, então, resolveu que iria lhe fazer companhia, quis ser solidaria, elas agora andavam sempre juntas, a aonde uma ia, a outra ia atrás.
No inicio sentia-se feliz, era bom ter alguém para compartilhar os dias tão tumultuados de agosto, só que em pouco tempo essa amizade lhe trouxe esse aperto constante no peito.
Agora era tarde, não podia jogar fora uma amizade mesmo que não fosse uma das melhores do mundo, ela estava ali, lhe fazendo companhia... E o aperto? Ahhh Irritava, mas era possível suportar.
Nem chegava a doer, mais irritava, era isso, irritava sentir algo que não sabia da onde vinha, nem quando ia passar.
Fazia nascer uma angustia dentro de si que nem mesmo a fé na vida ou a felicidade escondida no fundo de seus olhos eram capazes de fazê-la esquecer aquele aperto.
Tudo bem tinha que admitir, no fundo, sabia que isso era culpa da sua mais nova amiga, a incerteza, essa, coitada, era tão sozinha, um dia a encontrou cabisbaixa, andando pela rua em uma tarde de inverno, então, resolveu que iria lhe fazer companhia, quis ser solidaria, elas agora andavam sempre juntas, a aonde uma ia, a outra ia atrás.
No inicio sentia-se feliz, era bom ter alguém para compartilhar os dias tão tumultuados de agosto, só que em pouco tempo essa amizade lhe trouxe esse aperto constante no peito.
Agora era tarde, não podia jogar fora uma amizade mesmo que não fosse uma das melhores do mundo, ela estava ali, lhe fazendo companhia... E o aperto? Ahhh Irritava, mas era possível suportar.
Cores
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Secador
Melissa secava o cabelo, seu reflexo no espelho mostrava um rosto sem expressão alguma.
Já estava acostumada com aquele calor queimando os seus neurônios, o barulho que a impedia de ouvir qualquer ruído que fosse e geralmente a incomodava muito, naquele dia lhe parecia muito agradável, afinal, ela não queria ouvir.
Era uma manha de setembro, ela tentava pensar na primavera. Quando as flores começariam a aparecer? Estava quente lá fora, parecia que teria um dia agradável.
Mas estava incomodada, aquele sorriso não saia de sua mente, não podia fechar os olhos, piscar era complicado, mesmo em uma fração de segundos o sorriso aparecia para atormentá-la.
Ela que sempre gostou tanto de dentes, amava sorrisos, nunca imaginou que pudesse existir um assim, arriscava-se a pensar que não existia nada mais encantador no mundo do que aquele sorriso.
Estava cansada, existia uma distancia interminável entre eles, ela e o sorriso. E por que parecia tão perto? Estava dentro de si.
Chega, não queria mais pensar. Só secar o cabelo já era o suficiente para aquele momento.
Já estava acostumada com aquele calor queimando os seus neurônios, o barulho que a impedia de ouvir qualquer ruído que fosse e geralmente a incomodava muito, naquele dia lhe parecia muito agradável, afinal, ela não queria ouvir.
Era uma manha de setembro, ela tentava pensar na primavera. Quando as flores começariam a aparecer? Estava quente lá fora, parecia que teria um dia agradável.
Mas estava incomodada, aquele sorriso não saia de sua mente, não podia fechar os olhos, piscar era complicado, mesmo em uma fração de segundos o sorriso aparecia para atormentá-la.
Ela que sempre gostou tanto de dentes, amava sorrisos, nunca imaginou que pudesse existir um assim, arriscava-se a pensar que não existia nada mais encantador no mundo do que aquele sorriso.
Estava cansada, existia uma distancia interminável entre eles, ela e o sorriso. E por que parecia tão perto? Estava dentro de si.
Chega, não queria mais pensar. Só secar o cabelo já era o suficiente para aquele momento.
domingo, 29 de agosto de 2010
Espaço vago...
E tudo aconteceu assim, como um sonho bom. Como em qualquer outro sonho, eu acordei. Só que cedo demais, o despertador tocou antes da hora.
O que restou foi só a imagem embaçada de um sorriso perfeito, a lembrança, a saudade daquilo que na verdade, nem existiu.
Sonhos são assim, nos confundem, enganam os nossos sentidos, colocam um véu na frente da realidade. Quando agente acorda sente falta daquilo que nem sentimos o cheiro, não tocamos, nem vimos de verdade, afinal, estávamos de olhos fechados.
Existem sonhos que mesmo durando uma fração de segundos, nos marcaram para sempre. Agente envelhece e continua lembrando, continua querendo voltar a sonhar.
Às vezes é tão chato despertar de um sonho, agente até tenta dormir de novo para continuar sonhando, quer entrar dentro do sonho e não acordar jamais, mas sonhos são assim mesmo, duram tão pouco.
Os sonhos desaparecem, e quando agente acorda fica dentro de nós um espaço vago, um vazio e aquela eterna vontade de dormir e voltar a sonhar.
Eterna vontade de dormir e voltar a sonhar!
Ele foi assim, como um sonho bom e como qualquer outro, desapareceu, deixou um espaço vago dentro de mim.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Eu sei o quanto já se tornou importante para você. Sei que já sente falta daquele sorriso que te faz perder o fôlego. Sei como aquelas conversas fazem as suas noites muito mais felizes. Sei que aquelas fotos fazem a sua alegria nos momentos mais inesperados. Sei que as músicas te levam para mais perto, perto do futuro. Sei que passa horas, tentado sentir o perfume dele, sei da vontade que tem se sentir o gosto daquele beijo. Sei que está assustada, que essa é uma situação nova, que você nunca imaginou, as dificuldades assustam mesmo, a distancia parece maior que o mundo nesse momento, mas sei que está adorando, os seus olhos brilham só de pensar no futuro, seu coração se enche de esperança ao sentir a remota possibilidade de passar o resto dos seus dias ao lado dele, hoje tudo o que mais importa na sua vida é ver aquela janelinha do MSN subindo e quando isso acontece, aiiii, que sorriso lindo se abre em seu rosto, seus olhos brilham, o coração enche de luz, esperança, as coisas voltam a fazer sentido...
Conheço-te tão bem, já estivemos juntas tantas vezes, mais nunca te vi assim tão inspirada, tão cheia de sonhos, planos, desejos, tão viva.
Já tem tanto tempo que você vinha buscando algo que nem sabia ao certo o que era, sei que agora sente que encontrou, sei que você sente que ele é exatamente tudo aquilo que te faltava... Eu sei, eu sei, você não queria isso agora, não pensava que aconteceria assim, achou que fosse diferente, mais pra frente, mais fácil, mais possível, mais real. Só que aconteceu assim, agora! Inesperado, impensado, não programado, um novo amor não avisa mesmo quando vai chegar.
Você queria o que? Ter recebido uma carta alguns meses antes com a mensagem: “Prepare-se um novo amor estar para chegar!”? Isso não acontece nem em filme, por que aconteceria com você?
E outra, se fosse assim que graça teria? A onde ficaria a emoção? A surpresa? A paixão?
Eu sei, você tentou resistir (ta certo que não por muito tempo), mas foi inevitável, tirou o seu chão, ficou sem ar, da noite para o dia tudo o que você mais queria na vida era estar em outro lugar, em outra cidade, quem sabe a quatro horas daqui?!
Você chegou a perder o foco por alguns segundos, chegou a fazer as malas, pensou em largar tudo, jogar tudo para o alto, quis fingir que a vida é uma novela.
Ufaaaa
Ainda bem que conseguiu manter UM dos pés no chão, porque o resto voa e como voa.
Eu sei, você também está cheia de medos, inseguranças, se sente uma boba, não se acha boa o suficiente, quer agradar, vasculhar, saber... Sei que quer mais, que tem TPM, que acredita que do mesmo jeito que as coisas aconteceram da noite para o dia, do dia para a noite elas podem deixar de acontecer, afinal, vocês não se conhecem mesmo, nada prende vocês, não existem laços, não existem historias, não existem momentos, não existem fotos, não existem beijos, não existe nada, só uma imensa vontade de que aconteça, só umas rosas que já nem enfeitam mais a sua sala, só uma carta scaniada que você nem sabe se tem validade, que você queria que fosse renovada todos os dias, não é isso?
Não é isso o que você pensa?
Mais será que você acredita mesmo nisso?
Será que toda aquela certeza que você tinha há algumas semanas sumiu mesmo? A onde foi parar a história de que duas almas tinham finalmente se reencontrado? Será que sumiu mesmo? Será que você apagou? Deletou da memória?
Eu sei, está tudo ai dentro, você não desiste, não abre mão do que acha que te fará feliz, nunca desistiu. Quebra a cara, bate a cabeça, chora, se descabela, tem chilique, mais enquanto você acredita que vale a pena você luta, luta até conseguir.
E nesse caso, como vale a pena não é?! Como você quer que de certo, como te faz bem ao coração, como parece perfeito.
Eu sei... Exagerada! Dramática! Forte! Sempre!
Conheço-te tão bem, já estivemos juntas tantas vezes, mais nunca te vi assim tão inspirada, tão cheia de sonhos, planos, desejos, tão viva.
Já tem tanto tempo que você vinha buscando algo que nem sabia ao certo o que era, sei que agora sente que encontrou, sei que você sente que ele é exatamente tudo aquilo que te faltava... Eu sei, eu sei, você não queria isso agora, não pensava que aconteceria assim, achou que fosse diferente, mais pra frente, mais fácil, mais possível, mais real. Só que aconteceu assim, agora! Inesperado, impensado, não programado, um novo amor não avisa mesmo quando vai chegar.
Você queria o que? Ter recebido uma carta alguns meses antes com a mensagem: “Prepare-se um novo amor estar para chegar!”? Isso não acontece nem em filme, por que aconteceria com você?
E outra, se fosse assim que graça teria? A onde ficaria a emoção? A surpresa? A paixão?
Eu sei, você tentou resistir (ta certo que não por muito tempo), mas foi inevitável, tirou o seu chão, ficou sem ar, da noite para o dia tudo o que você mais queria na vida era estar em outro lugar, em outra cidade, quem sabe a quatro horas daqui?!
Você chegou a perder o foco por alguns segundos, chegou a fazer as malas, pensou em largar tudo, jogar tudo para o alto, quis fingir que a vida é uma novela.
Ufaaaa
Ainda bem que conseguiu manter UM dos pés no chão, porque o resto voa e como voa.
Eu sei, você também está cheia de medos, inseguranças, se sente uma boba, não se acha boa o suficiente, quer agradar, vasculhar, saber... Sei que quer mais, que tem TPM, que acredita que do mesmo jeito que as coisas aconteceram da noite para o dia, do dia para a noite elas podem deixar de acontecer, afinal, vocês não se conhecem mesmo, nada prende vocês, não existem laços, não existem historias, não existem momentos, não existem fotos, não existem beijos, não existe nada, só uma imensa vontade de que aconteça, só umas rosas que já nem enfeitam mais a sua sala, só uma carta scaniada que você nem sabe se tem validade, que você queria que fosse renovada todos os dias, não é isso?
Não é isso o que você pensa?
Mais será que você acredita mesmo nisso?
Será que toda aquela certeza que você tinha há algumas semanas sumiu mesmo? A onde foi parar a história de que duas almas tinham finalmente se reencontrado? Será que sumiu mesmo? Será que você apagou? Deletou da memória?
Eu sei, está tudo ai dentro, você não desiste, não abre mão do que acha que te fará feliz, nunca desistiu. Quebra a cara, bate a cabeça, chora, se descabela, tem chilique, mais enquanto você acredita que vale a pena você luta, luta até conseguir.
E nesse caso, como vale a pena não é?! Como você quer que de certo, como te faz bem ao coração, como parece perfeito.
Eu sei... Exagerada! Dramática! Forte! Sempre!
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