quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quando ele se vai...



Ainda bem que tem sempre outra coisa. Outro sonho. Outro motivo. Outra pessoa. Outra inspiração.
Com as pernas ainda bambas, não conseguia tirar o sorriso do rosto. Depois de fechar o portão, ela geralmente caia em sua cama e só acordava três horas depois, na manha seguinte, sempre com sono, mas com um sorriso de que valeu a pena. Porém, naquela noite foi diferente... Algo ardia dentro dela, quente, forte, intenso e depois calmo, suave, dava certa paz. Como podia ser tão bom? Perguntava-se.
Era tão inspirador quanto qualquer um podia ser, sim, podia ser qualquer outro, qualquer porque, mas era ele e estava tão ali, tão presente, tão quente, não podia negar que era encantador, a cativou faz tempo, desde aqueles tempos.
Como pode tudo mudar? Quando aconteceu? Em algum momento passou a ser irresistível, hoje ela adora o observar, perceber cada detalhe, casa sorriso, cada respiração.
Não, ela não deixaria mais ir embora, era verdade, já era fundamental, inevitável, até porque, agora que começou ela não sabe mais como termina. Ainda esperava ouvir algumas palavras, mas não agora, estava bom assim.
Por hoje, basta lembrar de segundos atrás, daquele beijo e do olhar, que dizia tudo, mesmo sem querer dizer nada.