segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Aposta
É querer demais que tudo de certo. Depositar todas as suas fichar em uma única aposta. Saber que está dando tudo de si. Querer acertar. Querer controlar, não por mal, mas por achar que está em suas mãos, que cabe só a você fazer dar certo. É as vezes machucar, brigar, chorar, perder o controle por completo, sair de si, ver em você outra pessoa, se decepcionar, consigo mesmo e com o outro. Não saber colocar para fora, não saber expressar, esquecer o verdadeiro significado das palavras. É nem com o olhar conseguir dizer o que sente, ou dizer, e achar que o outro não entende. Respirar, repensar, entender, ter certeza de que errou e querer consertar, querer ser melhor. Ter medo, muito medo de apostar errado, insegurança, sentir que está se esforçando demais e o outro nem tanto. Ainda assim, sorrir, brincar, acreditar, ser feliz, mesmo com lagrimas nos olhos.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
ar
Só queria alguém capaz de entender seu dom de poetizar, de fazer das coisas mais tristes e mais bonitas e mais importantes do que elas realmente são. Alguém capaz de ser inteiro, que caiba em sua mala sem um pedaço da blusa ficar para fora. Capaz de doar, de entregar cada pedaço. Capaz de esquecer o mundo lá fora, esquecer esses dias chatos. Capaz de fazer dela seu próprio ar.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Tranquilidade, uma quimera
A garota agora vai longe, o caminho é novo, tantos ônibus, caminhada, uma nova “amizade” a cada dia, na verdade, só conversas jogadas fora, para o tempo passar mais rápido enquanto aquele ônibus, o mais demorado, o mais lotado, não chega.
O sonho ainda era o mesmo, era isso, só isso que a movia até lá, o bairro chique, de gente abonada, de um Porche a cada esquina, de ruas arborizadas que dava a vontade de viver lá, o resto dos dias. Nasceu um novo sonho. O prédio com a maior varanda, o carro na garagem.
Acabara de viver uma semana com cara de primavera, cheia de coisas, mas com uma calmaria tão surpreendente, tão diferente de algumas semans atrás, estava cansada sim, mas sentia um cheiro novo no ar. Tudo aconteceu depois daquele show, depois da bela moça, tão miúda, tão admirada. Como é possível agradar a tanta gente? Como se fazer reconhecida e aceita por uma multidão? Se questionou, até invejou.
Sonhar e realizar, foi isso que ouviu aquela noite. Talvez, esteja ai a chave, um sonho de cada vez, realizar um e só assim começar o outro. Ela nunca testou, tem a péssima mania de querer tudo junto, misturado, tudo de imediato, sempre querendo beber o mundo em um gole só.
Chega de atropelos. Paciência com a vida. Organização. Prioridades. Hora de deixar mais um pedacinho da mulher aparecer, aflorar. Quando se bebe tudo em um único gole, logo o gosto some da boca, melhor saborear, viver cada gole, sentir cada passo. Ser feliz hoje, por beber um golinho do rio que passa perto da cabana e não infeliz por existir um oceano inteiro que ainda não se deu um único gole.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sem Título
É tanta coisa, que ela só consegue calar, são tantos lados, todos tão certos, tão desiguais. Está parada, em sua frente vê um mundo de possibilidades, vários caminhos, cada um levando a alguma alegria diferente, todos proporcionam lagrimas, de felicidade, como saber por onde caminhar?
Se afastar. Aquela casa não muito grande, mas cheia de quartos e intercambio na Rua Toneleiro, nas noites mais frias, quando ela perde o sono sem saber bem pelo que, parece ser o melhor abrigo, não só nessas noites, também nos dias de sol. A cidade maravilhosa sempre parece à solução ideal para todos os problemas. Tanta leveza.
Aquela cantora toda fora dos padrões, mas com a voz linda de viver, fez com que fizesse algumas constatações, estava melhorando, já era capaz de fotos melhores, ela sempre soube que fazer aquele curso seria a melhor das opções, por isso vale tanto se esforçar por aquilo, mesmo que agora ela esteja trilhando caminhos diferentes nesse sentido (sim, porque ela separa tudo em sua vida, existem milhares de caminhos para cada um dos setores), sempre será valido, sempre será mais um sonho realizado.
Então, a cantora acalmou por uns tempos, ela é apaixonada por Pedrinho, mesmo que ele seja só um engano... O que quero dizer é que durou pouco, sua paz acabou logo, ela tem a alma angustiada, tranqüilidade nunca permanece por muito tempo naquele coração, dessa vez, foi à conversa que trouxe de volta a angustia. Não era motivo para tanto, só palavras que já deveriam ter sido ditas, cumplicidade, uma voz que ela já escuta a alguns anos, misto de emoções, sensações, sentimentos.
Às vezes ela é assim, sai vomitando, jogando tudo na página em braço do PC porque só consegue se for assim, e ela gosta assim, misturando tudo, realidade e ficção, verdade e mentira, ninguém precisa saber qual o sentimento dela e qual é o inventado, só ela sabe o quando isso alivia, o quanto resolve conflitos internos. Ninguém entende nada, ninguém sabe onde começa, podem inverter os parágrafos, a historia é a mesma. É só ela, tão simples, tão complexa, eterna contradição. É assim que deve que ser, sem começo, meio ou fim.
Se afastar. Aquela casa não muito grande, mas cheia de quartos e intercambio na Rua Toneleiro, nas noites mais frias, quando ela perde o sono sem saber bem pelo que, parece ser o melhor abrigo, não só nessas noites, também nos dias de sol. A cidade maravilhosa sempre parece à solução ideal para todos os problemas. Tanta leveza.
Aquela cantora toda fora dos padrões, mas com a voz linda de viver, fez com que fizesse algumas constatações, estava melhorando, já era capaz de fotos melhores, ela sempre soube que fazer aquele curso seria a melhor das opções, por isso vale tanto se esforçar por aquilo, mesmo que agora ela esteja trilhando caminhos diferentes nesse sentido (sim, porque ela separa tudo em sua vida, existem milhares de caminhos para cada um dos setores), sempre será valido, sempre será mais um sonho realizado.
Então, a cantora acalmou por uns tempos, ela é apaixonada por Pedrinho, mesmo que ele seja só um engano... O que quero dizer é que durou pouco, sua paz acabou logo, ela tem a alma angustiada, tranqüilidade nunca permanece por muito tempo naquele coração, dessa vez, foi à conversa que trouxe de volta a angustia. Não era motivo para tanto, só palavras que já deveriam ter sido ditas, cumplicidade, uma voz que ela já escuta a alguns anos, misto de emoções, sensações, sentimentos.
Às vezes ela é assim, sai vomitando, jogando tudo na página em braço do PC porque só consegue se for assim, e ela gosta assim, misturando tudo, realidade e ficção, verdade e mentira, ninguém precisa saber qual o sentimento dela e qual é o inventado, só ela sabe o quando isso alivia, o quanto resolve conflitos internos. Ninguém entende nada, ninguém sabe onde começa, podem inverter os parágrafos, a historia é a mesma. É só ela, tão simples, tão complexa, eterna contradição. É assim que deve que ser, sem começo, meio ou fim.
terça-feira, 1 de março de 2011
Para ser lembrado
Ela ficava repassando incansavelmente em sua mente cada um dos detalhes naquela noite, cada gesto, cada palavra, cada lagrima, relembrava o gosto de sal, a dor, a dúvida, angustia e finalmente a certeza, coisas que passaram a fazer sentido. Ela precisava se lembrar daquilo pelo resto da vida, nenhum detalhe podia se perder com o tempo.
Porque foi ali, quando tinha em sua frente um ser tão digno de admiração que tudo mudou dentro dela. Deus é bem espertinho viu. Colocou ali, em sua frente alguém que mudaria todos os seus conceitos, alguém que fez com que ela repensasse os últimos vinte e dois anos.
O que realmente importa na vida?! É o que ela vinha se perguntando desde que se entendia por gente, algumas vezes já chegou a desconfiar da resposta, mas as possibilidades eram tantas que os pensamentos sempre se perdiam.
Mas foi naquela noite que muita coisa se encaixou, a sensibilidade que ela já havia perdido há algum tempo voltou ao seu lugar, ela se lembrou de sentir de verdade porque tinha em sua frente um ser que sentia com tudo que lhe era permitido, fazia tempo que não via tanta verdade nos olhos de alguém, fazia tempo que não se via refletida em um olhar, não estava mais acostumada. Era impossível permanecer imune diante daquilo, é claro que ela foi contagiada.
Tão intenso. Tão verdadeiro. Tão admirável.
Era por aquilo que ela vinha buscando. Tantas lagrimas já caíram por não conseguir encontrar e agora estava ali e ela não sabia muito bem o que fazer.
Confusão.
Mas e tudo o que faltava? Porque faltava sim muita coisa que ele em um passado não tão distante achava fundamental.
Tudo aquilo parecia pequeno agora, insignificante demais diante de tanta verdade.
Talvez ele tenha razão, talvez seja impossível sentir algo assim novamente.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
É...
Não percebi. Não percebi o brilho nos olhos até então, sim, nos meus olhos, mas naquela tarde quando me olhei no espelho, ele estava lá, tão vivo em mim.
Quando senti minutos antes meu coração explodindo, quando senti que precisava gritar, dizer a ele, dizer ao mundo, nesse momento descobri que o brilho estava lá.
Foi ai que finalmente aceitei que em meu estomago estavam milhares daquelas conhecidas borboletas batendo asas. Sim foi bem difícil aceitar, afinal, tenho pavor das borboletas.
Mas descobri e aceitei tanta coisa em uma simples tarde, com um simples olhar, com uma música, uma dedicatória. Por que beijos tão apaixonados? Agora estou aqui, um tanto quanto sem rumo, preocupada com o depois, com o que vai ser, com como vai ser. Dessa vez é diferente, sou eu, não é ela, sou eu mesma que sinto e não preciso camuflar, não tenho que me esconder atrás dela.
Nessa historia não é ela que participa, sou eu, sou tão eu que nem sei como proceder.
Não importa, não é isso... Só percebi, percebi o brilho nos olhos e o quanto aquele riso faz bem, o quanto sermos diferentes nos faz tão iguais. Não quero ficar sem.
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